terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Meu primeiro dia na casa nova

Bem, voltei. Tenho que contar para vocês como foi o primeiro dia na casa nova. Primeiro tenho que dizer uma coisa, fiquei o dia todo sem saber meu nome, porque não decidiam. Era cada nome que aparecia que eu tremia de medo. E o meu dono me chamando de "bicho". Até pensou em me dar este nome!  Imaginou?
A propósito, em caninês, dono vem de "don ono", que significa "servo de". E confesso que não está sendo fácil adestrar este casal. Eles acham que mandam e ficam querendo me limitar, me dizer o que posso ou não fazer. Mas já estou colocando-os na linha. É questão de tempo.
Bom, o assunto é o primeiro dia, vamos focar nisso por enquanto. Deram-me um potinho de água e um de comida, que chamam de ração. Ou seria de ração, que eles chamam de comida?  Não sei, só sei que estou sentindo que vão aprontar comigo. Ouvi eles dizendo que só deixarão eu comer ração. Só faltava esta, mas vamos aguardar para ver.
Meus donos tem uns brinquedos muito legais que adoro morder, mas eles não gostam muito. É um treco estranho, mas fofinho, e que tem cinco pontas que parecem mais ou menos umas salsichas. Eles chamam de mão e dedos. Ficam doidos quando mordo! Precisam ver! Mas eu me faço de bobo e sempre que tenho oportunidade mordo.
Já descobri onde posso fazer minhas necessidades: qualquer lugar que não seja ao lado da minha comida ou do tapete da sala, que eu gosto muito. Gosto mesmo! Adoro morde-lo, tentar arrancar os seus pelinhos. Apesar de que os dois chatos ficam me chamando a atenção e dando outras coisas para morder. Eu engano eles, pegando o brinquedo que me dão e fico brincando com o tapete sem eles perceberem. Estou achando que eles estão de olho em mim, mas por enquanto está dando certo.
Deixe eu explicar, não sou agressivo, mas meus dentes estão nascendo, e preciso coçar minha gengiva com algo, pois incomoda muito! Já me alertaram que eu corro grande risco de ficar eternamente de castigo se morder o fio da Internet ou o controle remoto. Evito chegar perto para não ter encrenca. Mas o resto, vou tentando para ver se eles cansam e me deixam em paz. Principalmente chinelos e sapatos, sempre tento. Principalmente quando se distraem.
Ah! Descobri que eles estão arrumando o quarto deles, e por isso colocaram o colchão na sala. Acho que eles não tinham noção do que estavam fazendo. Eu estou deixando eles usarem o colchão para dormir, por enquanto, desde que aceitem que eu durma lá também. Mas aos poucos eu vou fazer com que desapeguem e durmam em algum cantinho da casa.
Gente, vou brincar um pouco e outro dia escrevo mais. Não posso ficar perdendo tempo na Internet, com tanta coisa para descobrir, não concordam? Um abraço a todos!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Escolhendo meus donos

Olá! Esta é a primeira vez que escrevo neste blog. Vou começar a contar um pouco da minha vida, pelo menos do que lembro. Eu deveria ter começado a escrever ontem ou antes de ontem, mas estava reconhecendo o ambiente da casa nova e não queria chegar já pedindo para usar o computador, achei que seria muito abusado. Agora já não ligo mais para isso, já me sinto bem à vontade. Bem à vontade mesmo!
Bom, vou começar contando como cheguei aqui. Ontem, ou antes de ontem (não lembro bem, não sou bom para lembrar as coisas), eu estava com meus amigos e irmãos num lugar cheio de outros amigos, mas estávamos separados em vários espaços. Eu vi que se aproximou um casal, que foi passando e olhando todo mundo. Logo em seguida eles entraram em uma porta e demoraram para sair. Quando saíram, passaram de novo olhando, e a mulher ficou brincando com um amigo meu, que ficava ao meu lado. Mas logo foram embora.
Não deu muito tempo, ela voltou. Eu já estava sendo preparado para voltar para minha casa, meu passeio tinha terminado. Logo depois ele chegou, e eles falavam que queriam um tal de "ioquichaire", e queriam pegar um amiguinho.
Foi aí que percebi que este casal queria adotar um de nós, dar uma casa, dar carinho, tornar membro da família. Então eu não fui bobo! Pulei por cima dos outros e comecei a brincar com a mulher, que logo desistiu do tal do ioquichaire e me pegou. Disse que era eu que ela queria! Deu certo minha estratégia!
Ficaram um tempão comigo vendo uns papéis, e disseram que iriam me levar para uma tal veterinária ver. Achei esquisito este nome, mas estes humanos tem cada nome, não vou nem comentar. A tal veterinária até que era uma moça carinhosa e cuidadosa, mas me deu uma vergonha...  ficou olhando cada pedacinho meu! Depois me colocou numa mesa e pediu para minha amiga segurar. Esta amiga que cuidava de mim e dos meus irmãos. Assim que ela segurou minha cabeça, a vet (mais fácil chamar assim) passou um negócio molhado perto da minha nuca. Era uma coisa geladinha, estava até que gostoso! Mas então...   Eu quis gritar "Aí, filha da"...  ela me deu uma agulhada muito doída!  Disse que era meu chip. E eu lá queria esta coisa?
Enfim, meus novos amigos em seguida compraram umas coisinhas e me levaram embora. Eu estava me sentindo bem com eles, me sentindo em casa. Tanto é que aproveitei o tapete do carro para fazer um cocozinho, afinal, estava precisando!
Ah, que sono...   vou dormir um pouco. Sou novinho, dizem que é por isso que durmo muito. Depois conto como foi o primeiro dia na nova casa!